Líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade foram presos neste sábado (4) — Foto: FNL
Líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade foram presos neste sábado (4) — Foto: FNL

Os líderes da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) José Rainha Júnior e Luciano de Lima foram presos neste sábado, dia 4 de março, na região do Pontal do Paranapanema, no extremo oeste do Estado de São Paulo.

Ambos foram encaminhados para a Cadeia de Presidente Venceslau (SP), onde ficarão presos até a realização da audiência de custódia na Justiça.

De acordo com as informações preliminares repassadas pela Polícia Civil ao g1, José Rainha Júnior foi detido em um lote onde reside, no Assentamento Che Guevara, em Mirante do Paranapanema (SP), enquanto a prisão de Luciano de Lima ocorreu na Rodovia José Corrêa de Araújo, na divisa entre os estados de São Paulo e do Paraná, entre os municípios de Sandovalina (SP) e Jardim Olinda (PR).

Nos dois casos, a Polícia Civil deu cumprimento a prisões preventivas determinadas pela Justiça.

“José Rainha Júnior e Luciano de Lima, líderes da FNL, foram presos pela nossa Polícia Civil. Parabenizo os policiais envolvidos nessa missão, que contam também com o apoio da Polícia Militar para garantir a segurança em nosso Estado”, postou em uma rede social o secretário da Segurança Pública do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite.

Segundo a Polícia Civil, os dois líderes do movimento social são suspeitos de extorquir donos de propriedades rurais.

As investigações apontaram que José Rainha Júnior e Luciano de Lima exigiam vantagens financeiras de pelo menos seis vítimas.

Já em outro inquérito policial foram realizadas buscas domiciliares contra pessoas apontadas que expulsariam os invasores de terras e as diligências resultaram nas apreensões de dois fuzis de calibre 556, duas espingardas de calibre 12 e uma de calibre 357.

“As prisões preventivas têm como objetivo a interrupção do ciclo delitivo e promoção de prevenção geral e paz no campo. É importante ressaltar que em nada se confundem com os atos decorrentes do Carnaval de 2023, quando um grupo invadiu nove propriedades rurais. As operações visam a apuração do ciclo de violência decorrentes de extorsões e dos disparos de arma de fogo, incluindo fuzil, o que colocou em risco número indeterminado de pessoas”, informou a Polícia Civil em nota oficial na noite deste sábado (4).

No mês passado, a FNL havia dado início a uma série de ocupações de fazendas na região de Presidente Prudente (SP). À mobilização foi dado o nome de “Carnaval Vermelho”.

O grupo de trabalhadores rurais sem-terra reivindica a destinação de fazendas situadas em áreas consideradas devolutas ao Estado para a implantação de assentamentos da reforma agrária.

No total, o movimento social mobilizou 2,5 mil pessoas nas ocupações de nove fazendas nas cidades de Marabá Paulista (SP), Mirante do Paranapanema, Presidente Epitácio (SP), Presidente Venceslau, Rosana (SP), Sandovalina e Teodoro Sampaio (SP).

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