Uma menina de 9 anos, identificada como Ana Julia Alves Antonio, morreu com suspeita de dengue na madrugada de segunda-feira, dia 13 de março, enquanto aguardava uma vaga em leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em Bauru (SP). Ela foi internada no sábado, dia 11, mas a vaga só saiu horas depois da morte.
De acordo com a Prefeitura de Bauru, a paciente deu entrada na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Bela Vista pouco antes das 23h do sábado, dia 11, com suspeita de dengue, e recebeu “todos os cuidados médicos possíveis”.
A vaga na UTI, no entanto, só foi liberada cerca de três horas após a confirmação da morte de Ana Julia, às 4h30 da madrugada de segunda-feira, para a Santa Casa de Jaú (SP). O óbito foi confirmado à 1h35 do mesmo dia.
Ainda segundo a administração municipal, a UPA Bela Vista aguarda a divulgação do resultado dos exames, pelo Instituto Adolfo Lutz, para a confirmação da causa da morte.
Questionada sobre a demora na oferta de um leito de UTI, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) afirmou que “se solidariza com a família da paciente”, mas pontua que “a Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross) é apenas um serviço intermediário entre os serviços de origem e de referência”, sendo que “seu papel não é criar leitos, mas auxiliar na identificação de uma vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso”, diz o comunicado.
Preocupação
A Secretaria de Saúde de Bauru (SP) confirmou, no dia 7 de março, a primeira morte por dengue na cidade neste ano. A vítima é uma adolescente de 15 anos.
Segundo a pasta, ela começou a apresentar sintomas em 14 de fevereiro e morreu quatro dias depois, no dia 18. A causa do óbito foi atestada pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Conforme apuração da TV TEM, a vítima é Letícia Ferreira, que morreu no Hospital Estadual. A dengue constava no atestado de óbito como uma das causas da morte, segundo a funerária.
Ainda de acordo com a Saúde, a adolescente não possuía comorbidades e nem histórico recente de deslocamentos a outros municípios, o que caracteriza o caso como autóctone, isto é, quando a doença é contraída no próprio município.
Neste ano, Bauru contabiliza 465 casos autóctones de dengue. Há ainda 11 casos com sinais de alarme e dois casos importados. Outros 137 casos suspeitos estão em investigação.
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