Foto: Érico Andrade/G1
Foto: Érico Andrade/G1

Canisso, baixista do Raimundos, morreu aos 57 anos nesta segunda-feira, dia 13 de março. A informação foi confirmada pelo empresário da banda, Denis Porto.

Segundo mensagens publicadas no perfil do músico no Facebook, José Henrique Campos Pereira, nome real do músico, sofreu uma queda decorrente de um desmaio e foi encaminhado para um hospital.

Com mais de 35 anos de carreira, o grupo de Brasília lançou nove álbuns de estúdio e emplacou hits nos anos 90 como “Eu Quero Ver o Oco”, “Mulher de Fases” e “A Mais Pedida”.

A banda famosa por unir ritmos populares brasileiros com o peso do punk e do hardcore também ficou conhecida pelas letras irreverentes.

Foram duas fases principais do Raimundos: uma com o vocalista Rodolfo Abrantes (até 2001) e outra com o guitarrista Digão assumindo os vocais (a partir de 2001).

Começo foi como roadie

Baixista do Raimundos, e um dos fundadores do grupo, José Henrique Campos Pereira, o Canisso, aprendeu a tocar instrumentos e a trabalhar como roadie em Brasília, na década de 1980.

Raimundos com Marquim, Digão, Fred, Canisso e Caio — Foto: Divulgação
Raimundos com Marquim, Digão, Fred, Canisso e Caio — Foto: Divulgação

Durante um festival de música organizado em sua escola, em Brasília, ele conheceu Digão. Depois, o guitarrista apresentou um amigo que já conhecia: era Rodolfo.

Fãs dos Ramones, eles começaram a tocar músicas da banda de punk na garagem de Digão. “Eu tocava guitarra, mas sobrou o baixo”, explicou Canisso.

Com essa formação, ainda no final dos anos de 1980, o Raimundos começou a tocar em bares e festas na região de Brasília.

Canisso seguiu com a banda depois que Rodolfo o convenceu a ficar no Raimundos, para chamar a atenção de Adriana Vilhena, que se tornaria a esposa dele e com quem teve quatro filhos. “A banda virou, eu nem estava pensando nisso. Eu fui querer ter banda para conquistar a gata.”

Em 2013, Canisso falou ao g1 sobre tocar no Lollapalooza e a nova fase da banda. “Estou começando a ver como se estivesse completando um ciclo. A gente está conseguindo finalmente se desvencilhar do passado e virando uma realidade. Hoje, a gente não deve nada ao que aconteceu.”

“Somos uma boa banda de festival, de palco pequeno, acústico, transitamos com facilidade por climas e estilos, estamos sempre demonstrando qualidade e verdade. Nunca perdemos a identidade com quem está no público. A banda é a continuação em cima do palco da molecada que está no público.”

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