Em atendimento à ocorrência de violência doméstica, homem é baleado e morre após avançar em policiais com faca, em Presidente Prudente (SP) — Foto: Polícia Civil

Um homem, de 35 anos, morreu após avançar sobre policiais com uma faca e ser baleado por um dos agentes na madrugada deste sábado, dia 18 de fevereiro, no bairro rural Terras de Imoplan, em Presidente Prudente (SP).

Conforme a Polícia Civil, os policiais foram acionados para atender um chamado de violência doméstica. Quando chegaram no local, viram que o portão da chácara estava aberto e adentraram à propriedade com a viatura, “acreditando que a solicitante estaria correndo perigo no interior da residência”.

Assim que estacionaram o veículo, o suspeito de agredir a companheira “veio correndo em direção à viatura, parando cerca de três metros do capô do veículo, ocultando a mão direita”. Ainda segundo a polícia, os agentes ordenaram que ele levantasse as mãos, no entanto, o homem se recusou.

O rapaz, então, foi em direção a um dos policiais e, neste momento, constataram que ele segurava uma faca. Mais uma vez, de acordo com a corporação, os agentes deram ordem para ele soltar a arma branca, porém, a solicitação não foi acatada pelo homem.

Diante dos fatos, “não restando alternativa para cessar a iminente agressão, o policial sacou sua pistola e desferiu dois disparos na direção do agressor”. O suspeito desviou e continuou correndo, mas caiu próximo ao portão.

Quando se aproximaram do homem, os policiais verificaram que ele ainda respirava, por isso, tiraram a faca da mão dele e acionaram o resgate. No entanto, assim que chegou, o médico constatou que ele havia morrido.

À polícia, um vizinho informou que ouviu gritos vindos da casa ao lado e escutou o homem dizer “vou matar a polícia”, confirmando a versão dos fatos apresentados pelos agentes.

A faca foi apreendida.

‘Legítima defesa’

Autoridades policiais se deslocaram até o local para averiguação do ocorrido. A Polícia Científica também foi acionada para realizar a perícia.

A arma de fogo do policial foi apreendida, bem como os cartuchos remanescentes do carregador, e também passará por perícia.

Requisitou-se, ainda, exames residuográfico e necroscópico no homem baleado.

No Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia Participativa da Polícia Civil, foi considerado que o policial agiu em legítima defesa, com base nos artigos 23 e 25 do Código Penal.

“Com efeito, os elementos de prova até então amealhados, indicam que o policial militar durante o atendimento de ocorrência, usando dos meios necessários, repeliu injusta agressão iminente contra indivíduo que investiu contra si portando uma faca, instrumento de elevadíssima potencialidade lesiva, preservando seu direito à integridade física e à vida”, constou o documento.

Um inquérito policial foi instaurado para apurar os fatos.

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