Jéssica Rayara foi encontrada morta sob a própria casa em SC — Foto: Redes Sociais/ Reprodução
Jéssica Rayara foi encontrada morta sob a própria casa em SC — Foto: Redes Sociais/ Reprodução

A mulher encontrada morta enterrada debaixo da própria casa em Ituporanga, no Vale do Itajaí, já havia denunciado violência doméstica em 2022, segundo a Polícia Civil. Preso temporariamente, o companheiro de Jéssica Rayara, que não teve a identidade divulgada, é suspeito do feminicídio.

Delegado responsável pela investigação, Fernando Padilha Figueiredo disse que os dois saíram de Pernambuco em 2021 para trabalhar na roça em Ituporanga. Jéssica Rayara deixou dois filhos, de 2 e 5 anos.

“Ela registrou um boletim de ocorrência ano passado. Não apresentava lesão, não havia testemunhas indicadas. Foi intimada por diversas vezes e não compareceu nenhuma delas prestar esclarecimentos”, relatou o advogado.

A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio. A causa da morte é apurada.

O crime

O corpo da jovem de 22 anos foi encontrado enterrado sob a casa onde morava com o companheiro e os dois filhos no fim da tarde de terça-feira (7).

Padilha disse que as crianças, de 2 e 5 anos, foram achadas sozinhas dentro da residência no dia anterior, após solicitações de vizinhos, e foram encaminhadas a um abrigo.

“Os policiais da delegacia, incansáveis, continuaram, desde a madrugada de ontem [terça-feira], buscando esse corpo nas imediações do local. Até que, ao fim da tarde, foi localizado o cadáver da feminina, escondido embaixo da casa”, relatou Padilha.

Corpo de Jéssika Rayara foi encontrado enterrado embaixo da casa onde morava — Foto: Redes sociais/ Reprodução
Corpo de Jéssika Rayara foi encontrado enterrado embaixo da casa onde morava — Foto: Redes sociais/ Reprodução

De acordo com o investigador, o homem foi encontrado pelos policiais no alojamento do irmão, próximo à casa da família. Ele foi preso na noite de terça-feira.

O que é violência doméstica?

Segundo a Lei Maria da Penha, a violência doméstica contra a mulher envolve qualquer ação baseada no gênero – ou seja, a mulher sofre algum tipo de violência apenas pelo fato de ser mulher.

Segundo o Instituto Maria da Penha, essa violência pode ser dos seguintes tipos:

  • Violência física: qualquer ação que ofenda a integridade ou a saúde corporal da mulher. Exemplos: espancamentos, estrangulamento, cortes, sacudidas, entre outros
  • Violência psicológica: qualquer ação que cause dano emocional e diminuição de autoestima; prejudique e perturbe o desenvolvimento da mulher ou tente degradar e controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões. Exemplos: ameaça, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição, entre outros
  • Violência sexual: qualquer ação que obrigue a vítima a presenciar, manter ou participar de relação sexual não desejada. Exemplos: estupro, impedir uso de contraceptivos, forçar prostituição, entre outros
  • Violência patrimonial: qualquer ação que configure retenção ou destruição de objetos, instrumentos de trabalho, documentos, bens e valores da vítima. Exemplos: controle do dinheiro, destruição de documentos, estelionato, deixar de pagar pensão alimentícia, entre outros
  • Violência moral: qualquer ação que configure calúnia, difamação e injúria. Exemplos: acusar a mulher de traição, expor a vida íntima, desvalorizar a vítima pelo seu modo de se vestir, entre outros

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